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Foto do escritorJanaína Cintas

Como tratar a Escoliose usando cadeias musculares

Assim que o aluno ouve que tem uma escoliose já entra em desespero. O problema começa na palavra, que ele provavelmente não faz ideia do que significa, mas parece bastante assustadora. Ele também fica com medo de precisar operar ou fazer um tratamento doloroso.


Mas quem disse que o tratamento precisa ser doloroso ou invasivo? O Pilates é um método que oferece um tratamento conservador para manter o funcionamento da coluna vertebral. Ele também ajuda a evitar que as curvas escolióticas evoluam.


Nós, profissionais do movimento e do Pilates, precisamos de conhecimento o suficiente para fornecer um tratamento de sucesso. E para isso quero ir além dos paradigmas que costumamos usar. Por isso, quero oferecer aqui uma visão mais completa das escolioses considerando a ação das cadeias musculares.

O desvio da coluna vertebral à esquerda ou direita é chamado de escoliose, resultando em um formato de “S” ou “C”. É um desvio da coluna nos três planos de movimento.

A Escoliose é uma deformidade vertebral. As escolioses de um ou outro grupo etiológico podem ter prognósticos muito diferentes pela progressividade e gravidade de suas curvas escolióticas. Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso antes entendermos o que é uma atitude escoliótica.


Atitude escoliótica


A atitude escoliótica é diferente da escoliose em si, e apresenta-se, em 9 entre 10 casos. Ela pode existir quando há uma desigualdade real de comprimento dos membros inferiores, desaparecendo com o indivíduo na posição horizontal.

Para identificarmos basta fazer o Teste de flexão Sentado (TFS). O teste se procede da mesma maneira, o que o diferencia da TFP, é que posicionamos o paciente sentado para tirarmos a interferência dos membros inferiores.

Suas origens podem ser:

● Idiopática (ligada a genética);

● Neuromuscular (paralisia cerebral, poliomielite, Síndrome de Down) geradas pela alteração de tônus frequentes nas patologias neurais;

● Congênitas: relacionada a má formação das vértebras (como fusões, aumento do número de vértebras);


Classificação das escolioses idiopáticas


Escoliose idiopática: hereditária na maioria dos casos, atinge três a cada mil mulheres. Provavelmente se trata de uma herança multifatorial (genética). É o grupo mais frequente das escolioses. Segundo a idade de aparição distinguimos três tipos:

  1. Infantil– antes dos três anos de idade: Geralmente são muito graves, pois ao final do crescimento podem vir a apresentar uma angulação superior a 100 graus;

  2. Juvenil– desde os três até os 10 anos;

  3. Adolescente– desde os 10 anos até a maturidade: Após a primeira menstruação nas mulheres. Nos homens é ao final da puberdade antes da maturidade óssea completa, sendo a mais comum.

As escolioses idiopáticas podem ser


Escolioses funcionais: frequentes em adolescentes, as curvas são leves e desaparecem por completo com a flexão da coluna vertebral ou bem com o decúbito, visto que não estão estruturadas.


Escolioses estruturais: as diferenças dos membros inferiores levam a um desequilíbrio pélvico e secundariamente a uma curva vertebral para reequilibração corporal. A curva desaparece quando o paciente se senta, logicamente por retirar as influências dos membros inferiores.

A grande maioria das escolioses que temos em nossos espaços de serviço são as idiopáticas, devido as fases de estirão que o adolescente passa pode ser responsável por um grande desequilíbrio postural, pois como sabemos, os ossos têm um crescimento mais rápido do que o tecido conjuntivo, o que causara um atraso no sistema de equilíbrio funcional.


Escolioses neuromusculares


Em casos como esse estamos diante de uma alteração do sistema nervoso central, que por sua vez, gerará uma alteração no tônus muscular, confundindo e desestabilizando a coordenação motora, descrita por Piret e Beziérès. Estamos falando de patologias centrais ou Síndromes neuromusculares.

Normalmente, as escolioses são assintomáticas, com exceção das mais severas, e podem ser de origem muscular ascendente ou descendente. Isso acontece devido ao sistema de tensegridade gerado pela fáscia que desorganiza as cadeias musculares.


Biomecanicamente como se inicia a escoliose


A fisiopatologia das escolioses idiopáticas pode incluir:


● Déficit do controle postural dado pelo sistema nervoso central (SNC);

● Desregulação de melatonina (hormônio de crescimento);

● Distúrbios biomecânicos;

● Déficits de colágeno.


Quando falamos em escoliose, sempre haverá uma vértebra ápice de origem, e sempre ocorrerá nos três eixos de movimento. É, portanto, uma deformidade tridimensional. Pelo Método de Cobb acima de 10 graus já temos uma escoliose instalada. Pela lógica das cadeias musculares primeiro teremos o tensionamento das cadeias retas do tronco que pode ser:


Das cadeias musculares retas do tronco


Na coluna torácica gerando uma tensão primeiro das cadeias musculares retas. Se a tensão for da cadeia flexora do tronco veremos um aumento da cifose torácica. Caso a tensão seja na cadeia muscular extensora haverá um apagamento da curva cifótica, além de uma inclinação lateral para o lado da concavidade.

Se a escoliose for lombar o tensionamento da cadeia flexora gera um apagamento da lordose lombar. Caso a tensão for gerada na cadeia extensora um aumento da lordose lombar. Porém, preste bastante atenção agora, essa tensão será unilateral em se tratando de escoliose. O que também gera uma inclinação lateral para o lado côncavo da escoliose.


Das cadeias musculares cruzadas do tronco


Num segundo momento, as cadeias cruzadas também se retesarão. Caso tenhamos uma tensão na cadeia muscular cruzada de flexão a direita numa escoliose torácica, o tronco em sua metade superior roda à direita. Isso traz a vértebra consigo, gerando uma gibosidade também à direita.

No caso de uma cadeia cruzada de flexão à esquerda, o tronco em sua metade superior também rodar-se-á a esquerda. Assim gera uma gibosidade à esquerda. Porém, quando as cadeias musculares em tensão forem as cadeias cruzadas de extensão, o esquema de rotação vertebral se inverte. Logo, se tivermos uma cadeia muscular cruzada de extensão a direita, o tronco roda a esquerda, onde haverá o aparecimento da gibosidade do mesmo lado.

Diante da tensão da cadeia muscular cruzada de extensão a esquerda, o tronco roda à direita e a gibosidade estará presente a direita para o lado em que a vértebra rodou.

Em escolioses lombares a lógica biomecânica se inverte novamente por conta da curvatura ser contraria (lordótica). Então encontraremos, caso estejamos diante de uma cadeia muscular cruzada de flexão a direita um tronco rodado a direita. Caso estejamos diante de uma cadeia muscular cruzada de flexão a esquerda a rotação do tronco acontece à esquerda.


Escolioses Ascendentes e Descendentes


Escolioses Ascendentes


A causa originária da escoliose ascendente segue uma lógica de compensação de baixo para cima. Logo, nesses casos e de extrema importância começarmos nossa avaliação pelos pés. E nos atentarmos a classificação de Risser. O sinal de Risser avalia o grau de maturidade esquelética, através do índice de quantidade de ossificação das epífises ilíacas. Essa maturação se faz de forma anterolateral para posteromedial. Quanto menor tal ossificação, maior será a imaturidade esquelética. Portanto, maior a possibilidade de progressão da escoliose. A evolução de Risser I até V geralmente ocorre em 2 anos.

Divide-se em 5 estágios:

1: 25% de ossificação

2: 50%

3: 75%

4: 100%

5: fusão.

Isso posto, recomenda-se a não aceitação de laudos radiológicos que não atendam a todas as especificações supracitadas, necessárias e indispensáveis para a adequada avaliação dos pacientes portadores de escoliose.


Vários estudos apontam que nos casos de escoliose, os pacientes com graus mais imaturos dentro da classificação de Risser tem uma maior chance para a evolução das curvas escolióticas.

Dentro das escolioses as curvas mais preocupantes são as que envolvem as cadeias cruzadas do tronco, ligadas as rotações.


● Escolioses Descendentes: seguirá uma lógica de compensações que descem. Logo, nas Escolioses descendentes devemos ficar muito atentos às Disfunções Temporo Mandibulares (DTM). Ou até a colocação de aparelhos corretivos ortodônticos nos dentes, que vai imprimir uma nova força craniana. Isso pode mudar todo o esquema muscular, de forma descendente, esquema muito bem elucidado pelo professor dr. Leonardo Machado em suas pesquisas.


Tratamento das Escolioses com Pilates através das Cadeias Musculares


Antes de mais nada, precisamos de uma boa avaliação para identificação das cadeias musculares em tensão. Depois relaxaremos essas cadeias, proporei alguns exercícios para cada cadeia em tensão:


Para relaxarmos a cadeia de flexão do tronco:


Swimming

O Swimming é um exercício que trabalha toda cadeia extensora da coluna vertebral.

Neste exercício enquanto os extensores da coluna se contraem, o movimento de um membro superior e do membro superior oposto do corpo ocorrem de forma a simular um dos movimentos da natação.

Posição inicial: decúbito ventral com os membros superiores estendidos a frente e acima da cabeça em 180 graus. As palmas das mãos ficam viradas para o solo com joelhos estendidos e os pés em flexão plantar, crescendo braços e pernas para longe do centro do corpo.

Isso acontece através do:


● Transverso do abdômen;

● Oblíquo interno e oblíquo externo;

● Reto do abdômen.


Como fazer



Eleve o tórax com a contração dos:

● Eretores da coluna;

● Semiespinhal;

● Multifídeos.


Cresça a cervical mantendo-a em neutralidade, olhando ligeiramente para cima e para frente, descrevendo a lordose cervical. Estenda levemente os membros inferiores e superiores retirando-os do apoio do solo. Inspire e ao expirar estenda o braço direito e a perna esquerda através da ativação do glúteo e dos isquiotibiais para o membro inferior e do grande dorsal e redondo maior para a extensão do ombro.


Alterne, de forma vigorosa, o membro superior e o membro inferior, mas com controle e fluidez entre uma leve extensão e flexão. Essa alternância se dará nos membros inferiores entre o: reto femoral e iliopsoas flexionando o quadril e: glúteo máximo e isquiotibiais para a extensão do mesmo.


Já para os membros superiores essa alternância se fara através do: deltoide e peitoral maior flexionando o ombro e: grande dorsal mais o redondo maior para a extensão do ombro. O tríceps braquial manterá a extensão do cotovelo, enquanto o quadríceps manterá a extensão do joelho.

Gastrocnêmio e sóleo promoverão a manutenção da flexão plantar.


Dicas Mecânicas


Sendo este exercício feito com parte da cadeia extensora e sabendo que temos no tronco a importante fáscia toracolombar, caso o indivíduo possua algum ponto de tensão nesta estrutura, presumiremos que não haverá um movimento funcional de extensão de tronco.

Para tanto podemos lançar mão da flexibilização da cadeia anterior do tronco, colocando o indivíduo em decúbito dorsal sobre a bola suíça, com os cotovelos flexionados e as mãos atrás da cabeça com apoio do calcanhar no chão a fim de relaxarmos e construirmos uma informação proprioceptiva do movimento fundamental do tronco para a extensão flexibilizando toda região abdominal e toracica.

Para relaxamento da cadeia extensora do tronco:


Monkey

Posição Inicial: aluno em decúbito dorsal voltado para a barra torre com o quadril e joelhos em flexão com os ante-pés apoiados na barra torre. Mãos também apoiadas na barra torre, mantendo os punhos neutros. O exercício consiste em realizarmos a extensão do quadril com os isquiotibiais e joelhos com os quadríceps.

As mãos não podem soltar a barra torre, e nem tão pouco perder sua organização escapular da seguinte forma: ombros decoaptados e com os olecranos internos dos cotovelos voltados internamente. Não deve ocorrer o desalinhamento das mãos, todo o conjunto de ações organizadoras partem do ombro.

Nosso aluno ainda deve ser capaz de manter uma contração efetiva nas axilas, parecida com aquela força que fazemos para segurar um termômetro quando estamos mensurando nossa temperatura corporal. Começamos essa ativação através do Serrátil.

Para alunos retificados com o ar da inspiração sendo levado até as costas. Já para os alunos hipercifóticos, solicitamos que o ar da inspiração seja direcionado ao peito. Com a mesma posição dos cotovelos solicitamos que as escapulas sejam guardadas nos bolsos das calças, a partir de todo o acionamento inicial iniciamos o movimento proporcionando o enrolamento da coluna vertebral.

É um excelente exercício para flexibilização da coluna, além de alongamento dos isquiotibiais, tríceps sural, tibial posterior, fibulares longo e curto dos dedos, além dos flexores longo do halux e dos dedos. Podemos colocar molas que devem partir da direção vertical (de baixo para cima) e do módulo inclinado, para dificultarmos o exercício com o incremento de carga.

Através da Epol ou podemos colocar molas que também devem partir da direção vertical (de cima para baixo) também de modulo inclinado, para facilitarmos o exercício. Pode ser um excelente exercício de preparação para os enrolamentos de tronco, e a conexão entre os músculos profundos do pescoço com os músculos do abdômen através do afundamento do esterno acionando, assim o músculo piramidal do esterno.

Para relaxamento das Cadeias de flexão e extensão que geram a inclinação lateral:


Mermaid (Sereia)


Posição inicial do aluno: Sentado sobre os ísquios, de frente para o instrutor, que estará ao lado do reformer, logo o aluno encontrar-se-á sentado sobre o carrinho de lado, o ombro que estará posicionado sobre a barra em abdução de ombro com punho em posição neutra e mão apoiada na barra. A mão em perfeito alinhamento com a linha do ombro.

A mão em nenhum dos exercícios dos quais ela se encontrara apoiada na barra, segundo o Pilates Clássico poderá estar com os dedos flexionados, os dedos devem permanecer em extensão, e sem nenhum tipo de compensação, os dedos devem estar paralelos e organizados. O membro inferior que estra posicionado ao lado da barra estará posicionado da seguinte forma: em abdução de quadril, rotação externa e noventa graus de flexão de joelhos com o pé apoiado na coxa contralateral que estará em rotação externa e 90 graus de flexão de joelho, este posicionamento deve permitir que seu aluno mantenha os ísquios apoiados no carrinho para o início do exercício.

Solicitamos que o aluno empurre o carrinho, a frente com uma ligeira força que deve partir dos seus ombros decoaptando-os. Em seguida solicitamos que o olecrano interno do cotovelo deva estar voltado internamente, sem que ocorra o desalinhamento das mãos.

Todo o conjunto de ações organizadoras partem do ombro, e nosso aluno ainda deve ser capaz de manter uma contração efetiva nas axilas, parecida com aquela força que fazemos para segurar um termômetro quando estamos mensurando nossa temperatura corporal.

Evitamos a qualquer custo a hiperextensão dos cotovelos, pedindo a contração do conjunto bíceps e tríceps para que o cotovelo não se encontre relaxado afim de não sobrecarregar as articulações epicondilianas, a mão contralateral estará abduzida a 180 graus, com o cotovelo levemente flexionado desenvolvendo um semiarco no ar, este braço deverá fazer uma forca direcionada a partir do ombro decoaptando-o e realizando um movimento de pistão, afim da mão manter uma forca em direção ao horizonte e para cima em direção a barra.

Solicitamos então que o aluno realize uma leve inclinação do tronco em direção a barra também, é de suma importância que o aluno não leve o tronco em direção a pelve, isso pode ser evitado com o afastamento das costelas das cristas ilíacas, logo estaremos ativando as cadeias musculares de flexão e extensão de ambos os lados, o posicionamento da perna também não pode ser alterado, a forca deve ser sentida dos dois lados do tronco. Da mesma forma que solicitaremos uma forca de abertura na cintura escapular para alunos hipercifoticos com o ar inalado direcionado para o peito, e uma forca de arredondamento com a aproximação dos ombros para alunos retificados (o sorriso das clavículas de Klauss Vianna), de forma que o ar inalado seja conduzido para as costas.

Para relaxamento das Cadeias Cruzadas:


Butterfly


Mais um da série clássica de Joseph Pilates. Aproveitaremos o movimento de rotação do tronco proposto no exercício clássico com uma única alteração: como estamos na busca do relaxamento da cadeia cruzada de extensão do tronco, freamos a rotação do tronco em sua primeira barreira motriz.

A partir daí trabalhamos com os ciclos respiratórios, proporcionando um crédito de relaxamento à cadeia durante a inspiração e tentamos evoluir na rotação durante a expiração. Caso desejemos relaxar a cadeia cruzada de extensão a direita realizamos a rotação do tronco a direita. Ao contrário, se a necessidade for o relaxamento da cadeia cruzada de extensão a esquerda realizamos a rotação do Butterfly a esquerda.

Ressaltando aqui que estamos na busca do relaxamento da Cadeia, logo nenhum tipo de alongamento poderá ser sentido pelo paciente. Deveremos estabilizar de forma objetiva a pelve para que ela não acompanhe a rotação do tronco.

Como em todo tratamento não podemos deixar nosso aluno sair de nosso espaço de trabalho relaxado. Segue uma sugestão para a ativação dos músculos do tronco


Spine Twist


Neste exercício com movimentos de pura rotação de tronco se faz mais necessário ainda o afastamento das costelas das cristas ilíacas a fim de minimizar a força de cisalhamento. Anatomicamente as fibras do anel fibroso são dispostas em diagonal, logo ao rotacionar o tronco, sem que haja o devido afastamento das duas porções ósseas descritas acima, gera um grande aumento da pressão sobre o núcleo pulposo.

O Spine Twist é fortemente recomendado para atletas como tenistas, golfistas por usarem em atividade muitos movimentos rotacionais no tronco. Desta forma neste exercício poderá ser trabalhado um movimento mais puro de rotação com as devidas correções, harmonizando o movimento. ]

Também é recomendado para indivíduos com escolioses, nestas afecções das quais tem movimentos desarmônicos num plano tridimensional, deve-se não somente trabalhar as lateralizações, flexão e extensão de tronco, bem como as rotações.

Na posição inicial: O aluno deve sentar-se sobre os ísquios com as pernas afastadas na linha do quadril, estando segundo dedo do pé alinhado com meio da patela e a espinha ilíaca antero-superior, joelhos esticados, pés em dorsiflexão.

Braços estendidos e abduzidos (alongados para longe do centro do corpo) na altura dos ombros estando estes, um afastado do outro numa perfeita harmonia da cintura escapular, palmas das mãos voltadas para baixo. Afaste as costelas das cristas ilíacas. Inspire e ao expirar rode o tronco para um lado, os braços apenas acompanham o movimento do tronco, olhar para o braço que se posiciona mais atrás. Volte centralizando o tronco e repita o movimento para o outro lado.


Dicas Mecânicas


Ao rotacionar o tronco, atentar-se para que a pelve se mantenha alinhada para frente, a rotação deve ser feita somente a partir da coluna.

Mantenha-se totalmente estabilizado, como se alguém tentasse mobilizar alguma parte do seu corpo e todos seus músculos estando muito bem ativados, não permitisse tal deslocamento. A ativação muscular deve ser sentida dos dois lados, este e um excelente parâmetro para a realização correta do exercício. Caso observe retificação na torácica, inspire mandando o ar para as costas nesta região dorsal, e ao contrário, na hipercifose inspire na parte anterior do tórax. Este exercício e realizado pelos: Obliquo interno e obliquo externo do abdômen, eretores da espinha, semiespinhal, multifideo para rotacao da coluna vertebral. Enquanto longuíssimo e iliocostal são ativados do lado direito, o semiespinhal e mutifideos em co-contração ativam-se pelo lado esquerdo, rodando então o tronco para a direita.

Tranverso do abdômen enquanto estabilizador anterior da coluna

Tibial anterior para a manutenção da dorsiflexão.

Deltóide em sua porção acromial e supraespinhal mantem a abdução do ombro, além do tríceps para extensão do cotovelo.


Conclusão


Uma boa aula de Pilates direcionada para a patologia específica de seu aluno faz a diferença em seu resultado final. É importante, que todos os exercícios citados anteriormente sejam efetuados dos dois lados simetricamente, independente do lado da escoliose.



Bibliografia

J Bone Joint Surg Am. 2016 3 de agosto; 98 (15): 1253-9. doi: 10.2106 / JBJS.15.01313.

O Efeito do Estágio de Risser sobre o Resultado de Bracing na Escoliose Idiopática Adolescente.

J Bone Joint Surg Am. 2017 7 de junho; 99 (11): 923-928. doi: 10.2106 / JBJS.16.01050.

O sucesso do Brace está relacionado ao tipo de curva em pacientes com escoliose idiopática adolescente.


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